A história conhecida até aqui começa por volta do ano de 1838, na pequena cidade de Soncino, na região da Lombardia, norte da Itália, onde nasceu Angelo Capetti. Cerca de 2 anos após o nascimento do seu irmão mais velho, Felice Capetti. Seus pais eram Agostino Capetti e Francesca Della Noce, nascidos com data estimada em 1810 e 1812, respectivamente. Em 1854, nasceu mais um filho do casal, Francesco Capetti. É provável que o casal Agostino e Francesca tenha tido mais filhos, mas até agora foram encontrados registros apenas desses três.
Felice Capetti casou com Rosa Granzini enquanto Angelo Capetti casou com Delinda Lera. Em dezembro de 1876, Angelo, com a idade de 38 anos, sua esposa Delinda, as duas
filhas do casal, Maria Rosa e Carolina Francesca, junto do irmão mais novo de Angelo, Francesco, de
aproximadamente 22 anos de idade e solteiro, embarcaram para o Brasil. Desembarcaram no porto de Vitória –
ES e tiveram como destino a Colônia Timbuhy. Essas informações constam no
Arquivo Público do Estado do Espírito Santo, como pode-se verificar nas imagens
abaixo:
Desembarque da família Capetti no Espírito Santo:
Desembarque da família Capetti no Espírito Santo:
Registro de entrada de imigrante de Francesco Capetti:
Mapa do Núcleo Timbuy (1878), atual município de Santa Teresa - ES:
Mapa das colônias e cidades atuais no ES:
Fonte dos mapas: FRANCESCHETTO, Cilmar. Imigrantes Espírito Santo: base de dados da imigração estrangeira no Espírito Santo nos séculos XIX e XX.
O tempo exato que os Capetti permaneceram na colônia do Espírito Santo é desconhecido, mas é provável que não tenha chegado a 1 ano, já que o próximo registro encontrado da família foi na cidade de Brusque – SC. Trata-se
do casamento do Francesco Capetti com Alexandrina Rosa, em junho do ano de 1878, ou seja, um ano e meio após a chegada ao Brasil. O
registro foi feito em latim mas algumas informações importantes
podem ser identificadas ali, como os nomes dos pais dos noivos, a cidade natal de Francesco e o
fato de que Angelo Capetti foi testemunha do casamento, o que indica que a
família seguiu unida do Espírito Santo para Santa Catarina. Além disso, encontra-se o batismo de Agostinho Thomaz Capetti, filho de Angelo Capetti, nascido em Brusque - SC.
Uma observação importante é que o nome da noiva, Alexandrina, sofreu diversas alterações em outros registros, sendo conhecida também como “Alexandrina de Jesus”, “Alexandrina Luiza” e Alexandrina da Conceição”. O nome de Francesco também teve diversas alterações como "Francisco Chapetti", "Francisco Capeto" e "Francisco Capeta". Segue abaixo trecho do casamento de Francesco Capetti e Alexandrina Rosa, feito pelo padre Alberto Gattone na paróquia de São Luiz Gonzaga.
Uma observação importante é que o nome da noiva, Alexandrina, sofreu diversas alterações em outros registros, sendo conhecida também como “Alexandrina de Jesus”, “Alexandrina Luiza” e Alexandrina da Conceição”. O nome de Francesco também teve diversas alterações como "Francisco Chapetti", "Francisco Capeto" e "Francisco Capeta". Segue abaixo trecho do casamento de Francesco Capetti e Alexandrina Rosa, feito pelo padre Alberto Gattone na paróquia de São Luiz Gonzaga.
O padre Alberto Gattone era alemão e havia iniciado o seu trabalho no Brasil em 1860, em Gaspar-SC. Em 1867 foi transferido para Brusque onde ficou até 1882.
Padre Alberto Gattone.
A
Paróquia de São Luiz Gonzaga, construída de 1874 a 1877 e demolida em 1954 para
a construção do novo templo, a atual Igreja Matriz:
Fonte:
Paroquia de São Luis Gonzaga.
Sobre a construção da igreja, conta-se que "a armação para os sinos quase custou a vida de um trabalhador italiano. Caindo torre abaixo, teve a ventura de encontrar um monte de areia, do qual saiu ileso". Além disso, foi considerada, durante seus anos iniciais, "o mais belo templo do Estado de Santa Catarina".
Fonte: Memorial à Presença Dehoniana em Brusque.
Fonte: Memorial à Presença Dehoniana em Brusque.
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